terça-feira, 12 de junho de 2012

Demolição do Quartel General da PM gera polêmica

O Quartel General da PM, no centro do Rio, poderá ser demolido para dar lugar a uma nova sede da Petrobras. A petrolífera já confirmou seu interesse em adquirir o terreno pela quantia de R$ 336 milhões .O governo do estado reconheceu que a venda seria interessante já que o objetivo é a construção de quartéis menores para colocar mais policiais nas ruas.  Mas, a venda do QG está causando polêmica. O Ministério Público já anunciou a abertura de inquérito para constatar a legalidade da negociação. Os contrários a venda e demolição do quartel alegam que a construção faz parte do patrimônio histórico cultural da cidade. Além do próprio quartel em si, o terreno abriga ainda a Capela da Arquiepiscopal Irmandade Imperial Nossa Senhora das Dores que foi projetada pelo engenheiro militar José Fernandes Pinto Alpoim em 1732. Um projeto de lei que prevê o tombamento do imóvel já foi feito por deputados e vereadores. Além disso, uma passeata em defesa do QG foi anunciada para o dia 14 de junho ao meio-dia. 
 Quartel General da PM no Rio Antigo

 Antigamente a rua Evaristo da Veiga, que foi construída no fim do século XVII,  se chamava rua dos Barbonos  (porque em 1742 os missionários barbônios – conhecidos também como barbadinhos italianos – ali se instalaram). Ela foi denominada assim até 1780. O terreno onde hoje é o quartel general da PM foi onde as primeiras mudas de café foram cultivadas no Brasil. Os barbônios que as trouxeram e as cultivaram no local. Em 1808, os missionários italianos tiveram que deixar o lugar para que o convento Nossa Senhora do Patrocínio da ordem das Carmelitas fosse construído. Em 13 de maio de 1809 foi criada por D. João VI a Polícia Militar do Rio de Janeiro. Anos mais tarde Duque de Caxias liderou, nesse QG da PM, o Corpo de Guarda Permanentes (entre 1832 e 1839).

É não se pode negar que história do local se confunde com fatos marcantes do Rio Antigo...

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