domingo, 24 de outubro de 2010

Will Ribeiro Mais que Vencedor



Will Ribeiro – ex-atleta do WEC – sofreu acidente de motocicleta em dezembro de 2008 e teve sequelas no cérebro que até hoje exigem cuidados especiais. Na época, muitos disseram que o lutador estaria definitivamente acabado para o esporte mas Will tem lutado bravamente para derrotar os problemas de saúde.

Em primeira mão ao blog Mano a Mano, o atleta compartilhou mensagem de seu médico, o Dr. Edelto Antunes, especialista em cirurgias cranianas. Will Acredita na possibilidade de realizar o maior sonho de sua vida: voltar aos ringues! Confira o teor do e-mail na íntegra.

“Nós estamos esperando a aprovação e liberação da ANVISA para que cirurgias como a que faremos no Will possam ser realizadas aqui no Brasil e no mundo, se Deus quiser.

Já há dez, quase 11 anos, eu venho realizando cirurgias e ajudando a desenvolver técnicas e materiais para a correção de defeitos ósseos complexos do crânio e da face.

Sempre tive as devidas liberações para atuar como cirurgião e pesquisador nesse campo da pesquisa.

Atualmente, por exigências de padrões internacionais e do governo brasileiro (ANVISA), estamos tendo que nos adequarmos às novas regras para que tudo isso seja também conhecido e aceito no Brasil e também no mundo.

Por isso, não podemos nos antecipar a essas exigências / liberações e operarmos já os nossos pacientes, sob pena e risco de invalidarmos todo o processo.

Para você ter uma idéia, a prótese e todo o material da cirurgia do Will já estão prontos há + três meses. E não só dele, de outros também.

Com o cumprimento dessas novas etapas junto ao Governo, estaremos prontos e liberados para realizarmos as cirurgias e iniciarmos o treinamento de outros grupos”.

“Eles (médicos) me disseram o seguinte: que a prótese é de material rígido, feita de silicone, e que será colocada na caixa craniana. Minha cabeça vai ficar normal como antes, vai aguentar tudo como antes. Serei o primeiro paciente do Rio de Janeiro a receber esse tipo de prótese. Minha cabeça ficará nova, pronta para outra” comentou Will Ribeiro, bem humorado como sempre apesar das adversidades.

A fera segue em tratamento fisioterápico e tem atuado como árbitro de combates de MMA, atividade que o mantém próximo ao esporte que ama e no qual pretende voltar a brilhar um dia.

A grande notícia é que o valoroso atleta foi convidado a dar aulas de boxe no BOPE do Rio de Janeiro. O convite foi feito pelo Capitão Ivan Blas, que vê em Will um excelente instrutor para a corporação militar de repressão ao crime.

“Nunca vi um atleta como ele no Shooto, preciso e guerreiro. Sou fã dele” disse o oficial da PM-RJ.

Wanderlei Silva e Michael Costa compraram a briga e trabalham em uma campanha com a parceria de uma revista americana para arrecadar fundos para ajudar na reabilitação de Will, que emocionado, comentou:

“O Michael Costa doou uma bermuda de luta para ser leiloada. Ele e o Wanderlei vão tentar fazer a campanha para me ajudar. O Wanderlei é um cara muito bacana. Não imaginava que ele fosse tão gente boa assim. O cara nem me conhece e está fazendo isso por mim”.

Caso você queira colaborar com o tratamento, aquisição de remédios, transporte e demais despesas destinadas à recuperação do lutador, faça seu depósito na conta a seguir detalhada.

Nome: Will Marco Pessoa Ribeiro
Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 0201
Conta Poupança: 01300006328-7
Fone (rádio): (21) 7889-7776 begin_of_the_skype_highlighting (21) 7889-7776

Por Eduardo Cruz, repórter

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos


A reportagem sobre o processo de pacificação do Morro do Borel, na Tijuca, foi publicada no dia 06 de junho | Foto: Reprodução
Um morador da favela, sua vizinha no asfalto, duas irmãs adolescentes da comunidade e um sargento do Bope receberam cadernos para escrever, com suas próprias palavras, as impressões sobre a nova rotina de paz. Nos relatos, histórias traumáticas ocorridas quando a região era dominada pela violência e as mudanças percebidas após a ocupação para a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

domingo, 17 de outubro de 2010

A Bandeira do Brasil - Morro dos Macacos


O que eu vi e escutei fotografando o Cabo Muniz cavando o buraco para colocar o mastro que horas mais tarde seria palco para autoridades, jornalistas, foi muito mais que uma frase motivacional. Com autoridade de Pai, Policial, Cidadão de Bem, Muniz ensinava e orientava cada criança que queria estar perto de um policial do BOPE em mais uma das versatilidades dos Homens de Preto, “cavando um buraco”, não um simples buraco, mais o que sustentaria a Bandeira do nosso País.
O cabo Muniz não esperou os Sociólogos, ONGs ou qualquer outra pessoa ou instituição de bem. Muniz enquanto cavava, orientava as crianças, que com muita expectativa o escutava e recordo-me bem da seguinte frase, “Se vocês escutarem as pessoas de bem vocês serão do “BEM” e perguntou: Quem que ser do “BEM”? Quando todos começaram a gritar em bom tom “EUEUEUEUEUEUEUEUEUEU”.
Força e Honra! Muniz.
Parabéns!

sábado, 16 de outubro de 2010

Morro dos Macacos

Matéria Jornal O Globo


O clima de paz no Morro dos Macacos contrasta com domínio do tráfico no Engenho Novo

RIO - Divididos por uma área de mata e pedras, moradores do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, e dos morros de São João, do Quieto e da Matriz, no Engenho Novo, vivem realidades distintas. Enquanto na primeira favela se festeja a ocupação pela PM, para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) , nas outras comunidades a rotina ainda é de medo, por causa do domínio pelo tráfico. Mas essa rotina pode estar com os dias contados: o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse que a paz chegará também para os morros do Engenho Novo nas próximas semanas.

Um dia depois de o Bope ter ocupado os Macacos, Beltrame foi ao local e, numa área no alto do morro onde existe uma cruz, hasteou as bandeiras do Brasil e do Bope. Acompanhado de crianças, o secretário disse que achou ser o momento certo de visitar a comunidade.

- Era a melhor resposta que poderíamos dar ao incidente triste do helicóptero, neste local onde tivemos três policiais chacinados tentando salvar a vida das pessoas - afirmou ele, referindo-se ao helicóptero da PM derrubado a tiros por traficantes em outubro de 2009. - Eu disse que não íamos nos pautar por achismos e notícias tristes. Tínhamos que fazer um trabalho neste local, mas com planejamento.

No local onde antes funcionava o "microondas" do tráfico - inimigos eram queimados vivos ali -, policiais do Bope montaram acampamento e instalaram o trailer de comando.

- É bom ver tudo pacificado daqui de cima, mas temos muito ainda que fazer. Vejo essas comunidades pacificadas, mas ainda tenho uma angústia maior, de fazer as coisas com qualidade - disse o secretário no alto do morro, de onde se pode observar boa parte das favelas da Grande Tijuca.

Empresas de TV a cabo oferecem serviços
Apesar de já ter anunciado que a próxima UPP beneficiará os morros de São João, da Matriz e do Quieto, Beltrame não quis adiantar onde ela será instalada. Um policial, no entanto, disse que, pelo andar das investigações e do planejamento, a polícia deverá ocupar a Mangueira. Segundo ele, só falta essa comunidade para fechar o cinturão de segurança em torno do Maracanã, onde acontecerão jogos da Copa do Mundo de 2014.

Durante todo o dia de sexta-feira, enquanto PMs do Bope vasculhavam vielas em busca de armas e drogas, moradores circulavam tranquilamente, sem medo de confrontos. Durante o patrulhamento, os policiais apreenderam, numa espécie de santuário, um troféu do tráfico, que comemorava um ano da tomada do controle da venda de drogas no Morro da Mineira, no Catumbi.
Com o início da pacificação, empresas de TV a cabo subiram a favela para oferecer o serviço. A tranquilidade no morro, que já foi um dos mais violentos da Zona Norte, levou também a vendedora de cosméticos Joyce Daiana Rufino, de 23 anos, a ter um gesto inusitado: ela ofereceu seus produtos aos policiais do Bope.

- Sempre subi até aqui para vender meus produtos. Já que agora a comunidade está calma, por que não oferecer meus perfumes aos policiais? Eles também gostam - disse ela ao lado de um caveirão.

No alto do morro, crianças, desembaraçadas, fizeram logo amizade com os homens do Bope e usaram o caveirão como brinquedo. Um menino entrou no carro blindado, que sempre foi temido nas comunidades.

- Sempre vi o caveirão e queria saber o que tem dentro. Agora eu vi que não tem fantasma, nem alma penada. Os caras são legais - disse ele, olhando pelas seteiras (buracos por onde os policiais apontam os fuzis) do blindado.

No asfalto, o clima também era de comemoração . Ana Tinelli, presidente da Associação de Moradores de Vila Isabel, descreveu o dia de sexta-feira como tranquilo, com escolas e comércio funcionando normalmente, sem barulho de tiros. Ela lembrou que, quando o helicóptero da PM foi derrubado, sua filha não conseguiu voltar para casa:

- Ela teve que dormir na casa de conhecidos no Méier. Esse tipo de problema não teremos mais. Agora, ocupar a favela não basta para resolver toda a questão que envolve a criminalidade. É fundamental mostrar a importância do estudo e dar oportunidade de trabalho aos jovens do morro. Senão, a violência vai parar nas ruas.

Um comerciante da Rua Torres Homem também disse que a expectativa é boa. No entanto, o medo de que a situação não seja definitiva fez com que ele preferisse não se identificar.

Já moradores do Engenho Novo compartilham a esperança de dias mais tranquilos, mas ainda temem conflitos entre traficantes dos morros do Quieto, da Matriz e de São João. Aroldo Timóteo, que mora perto do Colégio Pedro II no bairro, aguarda ansioso a chegada da UPP. Há cerca de um mês, ao varrer o terraço de sua casa, encontrou um projétil.

- Não havendo mais tiroteio, evitaremos acidentes com balas perdidas - disse Timóteo, ressaltando que, além de vidas, há outras perdas com as frequentes guerras entre quadrilhas dos morros da região. - Um supermercado fechou, assim como duas agências bancárias e duas dos Correios que havia na Rua Barão do Bom Retiro, por causa da falta de segurança.

De acordo com ele, só o anúncio de que a região ia receber uma UPP ainda este ano já elevou o valor dos imóveis do bairro em cerca de 30% a 40%. Na Rua Araújo Leitão, uma aposentada que prefere não se identificar também está ansiosa pela pacificação das favelas da região. Ela disse esperar que a polícia patrulhe o asfalto também, para evitar assaltos nas ruas.

- Esta semana, uma moradora levou um tiro na perna quando se aproximava de casa. Esse caso foi de bala perdida, provavelmente vinda das comunidades do entorno - disse.

Um porteiro da mesma rua contou que os fundos do prédio no qual trabalha tem marcas de tiros. Além disso, uma bala foi encontrada na área da piscina. Ele disse que os moradores sentem muito medo e aprovam a chegada da UPP, embora temam que essa seja uma ação visando apenas aos eventos esportivos, a Copa do Mundo e às Olimpíadas, e que não haja continuidade.

Publicada em 15/10/2010 às 23h26m
Ana Cláudia Costa e Renata Leite
O Globo


http://oglobo.globo.com/rio/video/2010/20553/

sábado, 9 de outubro de 2010

Tropa de Elite II


TROPA DE ELITE II , ficção ou realidade?
Com o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa, sobretudo do
cinema, TV e vídeo, a imagem acabou por se tornar um elemento central na vida dos
homens, como também um importante veículo de registro e difusão do conhecimento na
sociedade atual. A linguagem audiovisual também tem exercido expressiva
influência cultural nos dias de hoje, devido os efeitos que ela produz ao
criar uma nova sensibilidade, novos valores, idéias e comportamentos.

Estas mudanças sociais e culturais criaram a necessidade de repensarmos a educação com base em novos valores e lançar mão de novas fontes e metodologias na transmissão do saber.
O filme é visto, por alguns educadores, como um aliado na sala de
aula. Considera-se que ele enriquece o ensino por permitir um contato com o “REAL”.