terça-feira, 5 de junho de 2012

Armas não-letais: prós e contras


Spray de pimenta, taser e bala de borracha. Esses são três exemplos de armas não letais comumente utilizadas no Brasil. Há 6 anos tanto autoridades como agentes de segurança privada podem ter acesso a esse tipo de armamento se houver treinamento para sua correta utilização.

Nas comunidades pacificadas do Rio os policiais que atuam nas UPPs utilizam armas não letais. De acordo com a secretaria de segurança pública o motivo é tentar aproximar os policiais dos moradores. Além disso, as novas gerações só terão conhecido PMs integrados a comunidade e não homens fardados circulando com fuzis na mão . Com esse objetivo, a secretaria de segurança pública adquiriu pistolas que liberam descarga elétrica, carabinas com balas de borracha, bomba de efeito moral e spray de pimenta para uso da corporação. A utilização de armas não letais, não só pelos policiais de UPPs, mas também pela guarda municipal provoca polêmica entre a população e estudiosos de segurança pública.

Os defensores desse tipo de equipamento afirmam que a medida é válida porque valoriza a vida humana e modifica a visão de que as autoridades policiais são truculentas. No caso da utilização nas UPPs, o uso incentivaria ainda a mediação de conflitos. Já os contrários ao uso de armas não letais defendem que elas incentivam o uso da força ao invés de estimular a negociação ou diálogo. Outros afirmam ainda que os criminosos continuam fortemente armados e seria injusto com policiais e guardas não ter o direito de poder se defender a altura (o que acaba colocando em risco a vida deles além de desestimulá-los).

Os críticos do uso de armas não letais se baseiam principalmente no Estatuto do Desarmamento aprovado pelo ex-presidente Lula em 2003. No capítulo III, o artigo 6º proíbe o uso de arma de fogo no Brasil exceto para integrantes das forças armadas e para a guarda municipal em cidades com mais de 500 mil habitantes quando em serviço. Sob esse aspecto o Rio não precisaria ter guardas e policiais, desprotegidos contra a criminalidade, com armas não letais.

Sargento Max

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