O Quartel General da PM, no centro do Rio, poderá ser
demolido para dar lugar a uma nova sede da Petrobras. A petrolífera já
confirmou seu interesse em adquirir o terreno pela quantia de R$ 336 milhões .O
governo do estado reconheceu que a venda seria interessante já que o objetivo é
a construção de quartéis menores para colocar mais policiais nas ruas. Mas, a venda do QG está causando polêmica. O
Ministério Público já anunciou a abertura de inquérito para constatar a
legalidade da negociação. Os contrários a venda e demolição do quartel alegam
que a construção faz parte do patrimônio histórico cultural da cidade. Além do
próprio quartel em si, o terreno abriga ainda a Capela da Arquiepiscopal Irmandade Imperial Nossa
Senhora das Dores que foi projetada pelo engenheiro militar José Fernandes
Pinto Alpoim em 1732. Um projeto de lei que prevê o tombamento do
imóvel já foi feito por deputados e vereadores. Além disso, uma passeata em
defesa do QG foi anunciada para o dia 14 de junho ao meio-dia.
Quartel
General da PM no Rio Antigo
Antigamente a rua Evaristo da Veiga, que foi construída no fim do século XVII, se chamava rua dos Barbonos (porque em 1742 os missionários barbônios – conhecidos também como barbadinhos italianos – ali se instalaram). Ela foi denominada assim até 1780. O terreno onde hoje é o quartel general da PM foi onde as primeiras mudas de café foram cultivadas no Brasil. Os barbônios que as trouxeram e as cultivaram no local. Em 1808, os missionários italianos tiveram que deixar o lugar para que o convento Nossa Senhora do Patrocínio da ordem das Carmelitas fosse construído. Em 13 de maio de 1809 foi criada por D. João VI a Polícia Militar do Rio de Janeiro. Anos mais tarde Duque de Caxias liderou, nesse QG da PM, o Corpo de Guarda Permanentes (entre 1832 e 1839).
É não se pode negar que história do local se confunde com
fatos marcantes do Rio Antigo...
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